12 mars 2017

Além do cimo da árvore II

Algo me impede e me compele, ao mesmo tempo.  Até que me torne incompressível. Gostaria de me inventar naquela floresta de pinheiros, nevoeiro estranho à alma, visão panorâmica, como se eu fosse uma águia, ainda que tenha medo de altura. Não sei bem se desejo mergulhar, nem sei para onde, exatamente, um pássaro deste porte se dirige. Provavelmente mergulha em direção à uma presa. Quanto mais descorro, mais me afasto daquele lugar inexistente e misterioso. Me parece um pedaço de passado. Ou um espaço suspenso. Mais pertence à imensidão, ainda que me faça me sentir numa estância. Não adianta insistir. Quando foge, deixa estar. Depois volta. 

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