Algo me impede e me compele, ao
mesmo tempo. Até que me torne
incompressível. Gostaria de me inventar
naquela floresta de pinheiros, nevoeiro estranho à alma, visão panorâmica, como
se eu fosse uma águia, ainda que tenha medo de altura. Não sei bem se desejo
mergulhar, nem sei para onde, exatamente, um pássaro deste porte se dirige.
Provavelmente mergulha em direção à uma presa. Quanto mais descorro, mais me
afasto daquele lugar inexistente e misterioso. Me parece um pedaço de passado.
Ou um espaço suspenso. Mais pertence à imensidão, ainda que me faça me sentir
numa estância. Não adianta insistir. Quando foge, deixa estar. Depois volta.
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