30 août 2006

inexistências

O dia… qual a sua melhor hora ? A aurora, claro ! A aurora… Aquele momento em que a claridade ainda não explodiu nas coisas ; como se a luz se misturasse com tudo o que esta ao seu redor. Como se a realidade so tivesse forma por causa dessa luz, que na aurora é como um mistério. Como névoa, porque as formas ainda não se revelam por inteiro ; tudo acorda na aurora, mas ainda não é dia. Uma névoa limpida, transparente. O mistério, que não é obscuro pela falta, mas incognita por natureza. Algo que nunca se revelara porque sua essência é mistério. A aurora é mãe do dia, transformando a realidade no que entendemos como tal, e ao mesmo tempo sendo outra, onde as coisas são um principio de toda e qualquer existência. Nada é inteiro, nada é completo. E nessa hoa que pensamos na possibilidade das coisas se construirem diferentemente ; não ha necessidade, não ha essência. Talvez a grama se torne papel crepom, e as arvores entortem até o chão. E as folhas, e se elas flutuam no ar tal qual bolhas de sabão ? E então ? Como crescera esse dia ? Como nasceremos, nos ?

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