Daqui do alto do meu telhado vigio o mundo. As nuvens, mais altas, encobrem um sol inexistente. Insisto em olha-lo porque sei que la esta, num lugar além. Sinto como se fôssemos parentes, os dois assim, tão altos ; nos a olharmos os passantes, e eles a olharem o chão onde pisam. Quantos foram aqueles que como eu tiveram a impressão de possuir o mundo da janela de um telhado ? Olhando-os la embaixo penso : « sei como é pisar no asfalto, seguir pelas ruas, atravessar na faixa ou fora dela. Vocês é que ignoram que ca estou a observa-los, todos ». Daqui de cima me sinto onipresente… depois que passei a morar num telhado ando me confundindo com Deus. Talvez porque o mundo, de onde estou, se mostre de tal beleza. A confusão ordenada da existência, são tantas luzes e tamanho o movimento ! E eu aqui a mira-la, de fora. A existência é ainda mais inacreditavel quando a observamos de um telhado. Como podem, todos, ai estarem ?
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