Me enviou um aceno
de longe, da outra calçada.
O dia tinha cor de chumbo,
a solidão era minha morada.
Meu olhar perdido, num ponto distante...
se pegou surpreendido
com tal gesto, quase obsceno.
Quem era o estranho
que com apenas um aceno
me trazia de volta ao mundo?
Ele nem me conhecia,
tão pouco se confundia.
Tinha sim era a audacia
de acenar a um desconhecido,
e de fazer de mim
com um gesto simples assim
um ser existente e percebido
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