é inacreditavel
a velocidade com que chegamos, sem perceber, aos 40 anos. E de repente, parece
completamente injusto, esse momento curto que chamamos de « vida ». Chegamos
provavelmente à metade da oportunidade de participar da existência, e o
sentimento que predomina é : « tão passageiro ! ». é claro, ainda
falta o dobro… Mas se a primeira metade passou tão rapido, o que sera da
segunda, uma vez que, à medida em que envelhecemos, temos a impressão que o
tempo corre mais depressa ? Tudo parece absurdamente, injustamente,
efêmero. Como se, num piscar de olhos, alguém nos dissesse : « vislumbre
o incrivel ! Acabou. ». E no entanto, esse sentimento é acompanhado
de uma sensação de instabilidade um tanto (surpreendentemente) positiva. Porque
se os quarenta anos chegaram assim, sem nos darmos conta, os outros quarenta
anos podem reservar algo completamente diferente dos primeiros. Basta um
acontecimento, um fato, um incidente, um acaso, e toda a existência tal qual a
conhecemos muda de figura. A vida é loucamente passageira, mas cheia de
meandros, carregada de possibilidades e surpresas. Tudo parece absurdamente,
injustamente efêmero, mas completamente indeterminado.
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