24 août 2012

Ares de velhice

é inacreditavel a velocidade com que chegamos, sem perceber, aos 40 anos. E de repente, parece completamente injusto, esse momento curto que chamamos de « vida ». Chegamos provavelmente à metade da oportunidade de participar da existência, e o sentimento que predomina é : « tão passageiro ! ». é claro, ainda falta o dobro… Mas se a primeira metade passou tão rapido, o que sera da segunda, uma vez que, à medida em que envelhecemos, temos a impressão que o tempo corre mais depressa ? Tudo parece absurdamente, injustamente, efêmero. Como se, num piscar de olhos, alguém nos dissesse : « vislumbre o incrivel ! Acabou. ». E no entanto, esse sentimento é acompanhado de uma sensação de instabilidade um tanto (surpreendentemente) positiva. Porque se os quarenta anos chegaram assim, sem nos darmos conta, os outros quarenta anos podem reservar algo completamente diferente dos primeiros. Basta um acontecimento, um fato, um incidente, um acaso, e toda a existência tal qual a conhecemos muda de figura. A vida é loucamente passageira, mas cheia de meandros, carregada de possibilidades e surpresas. Tudo parece absurdamente, injustamente efêmero, mas completamente indeterminado.      

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