09 janvier 2008

Esperando as roupas se despirem de toda a sua sujeira, do cheiro da noite, de cansaço, de vagabundice, de tédio. Logo mais as reencontrarei inteiras, novas, prontas para se imprimirem de outras formas. Queria eu girar dentro da maquina de lavar roupa, me desinfetar com o sabão, me enxaguar na abundância da agua, e me esquentar na secadoura gigante, girando… Enfim, sair limpa e pronta para me encaixar em outros corpos e viver outros cotidianos. Recomeçar uma vida, até que a velhice me aposentasse num canto, largada, e que me usassem como pano de chão. Mas a existência não se despe dela mesma antes do momento infinito da escuridão.

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