13 janvier 2010

Provavelmente as 16 horas são iguais em qualquer parte. é o momento que mais traduz a banalidade de um dia. Viver as 16 horas de uma tarde permite que se tenha esse sentimento do cotidiano, onde quer que esteja. A televisão ligada num telefilme, ou programa de auditorio; a rua deserta, esperando o trânsito das 18 horas; os biscoitos da tarde, o céu alaranjado, enfim, todos estes fragmentos que constituem uma profunda sensação de inutilidade. E assim se da uma tarde, desde que o homem se deu por si. Talvez este seja o verdadeiro sentido da banalidade, pensar que em todas as épocas, pintadas pelos mais diversos acontecimentos historicos e pelas diferenças na condição social, uma tarde é sempre uma tarde. As 16 horas refletem ao individuo sua propria imagem, a inutilidade de toda a criatividade e invenção, de toda sutileza, da estética, da beleza, de todo o orgulho... Nada vence a morosidade das 16 horas de uma tarde qualquer, ela é universal. Assim, frente à besteira desta tarde somos todos iguais.

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