17 août 2010

Trem-trem da vida

Os dias passam mais rápido do que o espírito pode captar. Não controlo mais os movimentos do corpo, que segue um rítimo estrangeiro, automático, e ao mesmo tempo absurdo. O cotidiano é feito destas ações sem vontade, povoado de espasmos, aparentemente cheios de razão. Não se trata daquele cotidiano dos romances, saudoso, que glorificamos quando a alma é tomada pela consciência da passagem das horas e de nossa ínfima condição. O cotidiano da memória… Não, o tempo de que falo é besta, cansativo, gasta os dias sem motivo nem vontade. Um cotidiano que só cansa o corpo, que só o envelhece, e que não ensina nada ao espírito.

2 commentaires:

Eliezer J.Santos a dit…

linda mensagem! ás vezes eu penso se vale mesmo a pena tanta correria, tanto esforço, para, talvez, se chegar aonde se quer chegar. belo blog. como você gosta de poesia, mandei o link do meu blog. dá uma passadinha lá, ok?
grande abraço!

Anonyme a dit…

Cotidiano ríspido, ríspido...