11 juin 2013

irrelevâncias


Nunca quis que a maior « aventura » da minha vida fosse ser mãe. Porque « ser mãe » é um papel entre muitos outros que quis encenar, ainda que nunca tenha sido dada para o teatro. Mas já me tinham dito: “o amor por um filho é um amor incondicional…”… Nunca acreditei nesses ”lieux communs”… Nunca dei muito pro sentimentalismo. Minha vontade sempre foi ser prática, ávida, ativa. Mas foi como se tivesse sido tragada… pelo tal de amor incondicional. Ele existe, e traga. Como se fôssemos um líquido, e descessemos num só gole. Num momento ele não existe, e no outro não poderíamos mais viver sem conhecer o seu significado. Posso pensar em inúmeras possibilidades, em outras e tantas e muitas ações e reviravoltas possíveis nessa loucura que se chama realidade… mas uma coisa é certa, e imutável : ser mãe será, de todas as aventuras, a maior que a minha vã existência poderá experimentar.    

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