Anda pra lá e
pra cá, como se não tivesse um rumo certo. Tenta encontrar um equilíbrio, nada
evidente. As vezes sorri um sorriso perdido, como se soubesse o que está
acontecendo, sem nenhuma certeza. Mas parece completa, ainda que delicada. Como
se não lhe faltasse nada, como se não houvesse mudanças, nem outras possibilidades.
A vida para ela não passa disso, um fato depois do outro, e uma recorrência de
acontecimentos. E essa singularidade sem esperanças (« disposição do
espírito que induz a esperar que uma coisa se há de realizar ou
suceder ») transforma a sua presença numa inocência. E se finalmente fosse
ela, e seus sentimentos sem permeios, a essência de uma sublime existência ?
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