Estas são lembranças inexistentes. Me são preciosas, estas sensações que
se mascaram, feito lembranças. Algo que me parece ter acontecido, algo efetivo.
Que eu não sei o que é, nem se aconteceu de fato. Mas o fato é que algo me
ficou atravessado no espírito, como uma ponta, uma dúvida, uma poeira de
indagação. Aí está a minha idéia: um sucedido, não revelado, misterioso e
proibído. Palavras tão incongruentes quanto aquilo que sei do realmente
ocorrido. Nada manifesto, mas a dúvida é sempre uma ponta da calda da baleia. Não
sei se algo se sucedeu, nem sei se aquilo que se sucedeu me toca, mas espero
que você esteja, assim, sentado numa cadeira de balanço, a tomar um ar fresco
com limonada. O mundo extremamente misterioso, mas que alguma certeza,
qualquer, resida em você.
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