Você não conhece a chuva, não sabe o que significa.
Você faz « ao » e « oh » e não sabe o que isso significa.
Você so fica assim, olhando pra cima, dando risada para o nada… eu é que acho que não tem nada ; mas você, o que vê ?
Duas marionetes cheias de dedos dançam na sua frente, fazendo graça. Você ri, sem saber que é você mesmo que as faz dançar. São suas, as mãos, mas elas ainda não te pertencem.
« Você » é uma palavra que não tem muito sentido. Tudo o que existe é a fome, o incômodo, e as boas sensações do colo e do leite. Quando mama, torna-se o proprio seio ; quando dorme, torna-se o proprio sonho ; quando chora, torna-se lagrima.
Mas ha um principio de sorriso, e no momento em que entrevejo esse sorriso, eu sou « o outro ». Deste simples ato intencional surge a sua unidade. Assim, é você que sorri pra mim !
1 commentaire:
Uau, Ligia!
Tanto vigor dentro de delicadeza...
como você escreve de um jeito único!
Eu quero ler um livro seu!
E depois esperar sair outro! : )
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