26 octobre 2016

Pequeno achado

É como se estivesse impregnado.
Em cada canto do meu bairro
no meu café, na esquina.
E eu, na espreita, esperando algum acontecimento.
Mas não há de haver nenhum.

Vontade de esticar o espaço,
o tempo-espaço.

Criar uma divisão entre o agora e o além.
E de repente, estas cenas de vai-e-vem.

Vontade de escarrar no tempo linear.

Se passar por esta rua (sem que eu provoque o acaso),
olhe para a sua direita,
veja-me sentada a esta mesa
lance-me um aceno, numa expressão de familiaridade.

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