Ultimamente,
quando já não há mais pensamentos e sensações que me distraiam, me surge a
palavra “deriva”.
Vejo
um oceano plano, o céu todo branco ou todo azul,
e
um pedaço de madeira balançando,
à
deriva.
Algo
aconteceu para que se encontre alí.
Mas
a única coisa que vejo é o seu isolamento, e o fato de mover-se sem direção.
Segue,
obedecendo forças naturais.
Ultimamente,
me parece que tomo a forma do pedaço de madeira.
Sempre
ouve uma razão para que eu me encontrasse no lugar onde estou.
Sem
medir o espaço percorrido, continuei andando.
Daí,
teve esse dia
olhei
para trás e não reconheci a paisagem.
Nem
pensei no miolo de pão.
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