Tendemos
feito pêndulo, entre a parte mais escondida do mundo, e a transcendência. Assim
vai cada existência, empurrando e recuando os limites da subjetividade. Algumas
vezes, a experiência da realidade se transforma num ponto, minúsculo, mas
repleto. Esse único ponto, ainda que provoque uma imagem melancólica, se compõe
de sensações e pensamentos aparentados ao infinito. Nele reside a energia
necessária para criar um universo. Outras vezes, a subjetividade parece não ter
mais limites, nem forma. Ela transborda, se espalha e se mistura às outras
coisas, compondo uma só matéria. Mas na maior parte do tempo, procuramos estar
alí onde não estamos. Expandindo e recuando. Alí, não há reiteração, ou
sequência. Nem tão pouco evolução. Nenhuma regra vem confortar o espaço
individual e único em sua dinâmica, algo frenética, animada pela obrigação ou hábito
de estar em vida. O único elemento de explicação é a experiência que faz
daquilo que costumou chamar de realidade.
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